As coisas se deteriorizam com rapidez.
Não evite que elas virem pó...
mas não as desintegre com tanta facilidade.
Faça bom uso de suas palavras,
E permanência adequada de seus gestos.
Procure expandir sua filosofia,
E não julgue a alheia.
Observe os detalhes simples da presença de um ser.
Conviva com o que é podre e linear.
Mantenha os olhos fixos no que é peculiar.
Absorva a intensidade de uma multidão,
Contrarie a linha da mesmice.
Não se posicione num ideal guiado pela tradição...
Faça e organize seu futuro sem que o façam por você.
Não prejudique os ideais alheios e nem os manipule.
Grite num só tom a voz da melancolia...
E por alguns instantes cala-se e concentra-se...
Ponha-se desde então a murmurar poucas palavras de alívio.
Mostre-se necessitado de colo e chore por arrego.
Transpareça amor e siga sem respostas.
Concretize sua paz com uma ilusão serena e engano límpido.
Aterrize na realidade, presencie o resto das cinzas.
Deixe-as! Não junte o que deve se espalhar com o vento.
Abaixe a cabeça...
aprenda com o que fez para que algo na sua frente se acabasse tão rápido.
(Raquel X.G.)
2 comentários:
um belo poema, não há muito para se comentar.
Belas palavras.
Tenho vergonha do meu blog.
Ps: Blogger me mandou escrever uluessesses
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